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      Como conversar com seus sabotadores e conseguir ser um empreendedor

Sim, você leu bem, o título desse artigo é como conversar com seus sabotadores, não como eliminá-los. Simplesmente porque eu não acredito que conseguimos eliminar de vez todos os sabotadores da nossa vida.

Vamos encarar o fato: todos nós temos sabotadores. No livro “Inteligência Positiva”, Shirzad Chamine diz que fazer planos e ignorar a existência dos sabotadores é como plantar um lindo jardim e deixar que lesmas vorazes se espalhem por ele para que seja devorado.

Assista o vídeo abaixo a partir do minuto 4:47: relaxe, nem para a Penélope Cruz a insegurança vai embora 100%.



Se eles são parte da gente, como lidar com eles?

Primeiro passo: identificar seus sabotadores
Imagine que você seja um avião que está em constante movimento. Sim, sei que é meio estranho se imaginar sendo um avião mas faz de conta por um minuto, didaticamente falando vai me ajudar a explicar. Agora imagine que dentro de você existem dezenas de possíveis pilotos e copilotos para esse avião. Alguns desses pilotos podem ser seus sabotadores e o que acontece entre eles é fundamental para que você consiga ter paz de espírito.
Deixa eu te explicar melhor como isso funciona:

Você tem sonhos de vida. Vez ou outra você se permite acessar esses sonhos e sentir como seria bom se essas coisas que estão passando na sua cabeça dessem certo.

Esse lindo filme se estende por alguns poucos minutos mas logo em seguida começam a vir pensamentos para destruir essa cena, como:

“Você não é bom o suficiente para fazer isso”
“Você não tem disciplina para fazer isso dar certo”
“Você não tem contatos que possam te ajudar”
“Você é velho ou novo demais”
“Você não tem dinheiro”
etc etc etc



Imagine cada hora um falando uma coisa

Ok. Acabamos de presenciar uma série de pilotos que invadiram a sala de controle da aeronave e conseguiram expulsar qualquer pensamento de esperança de lá de dentro. Infelizmente, para a maior parte das pessoas esses são os pilotos que ficam o tempo todo no controle. As consequências disso você já deve conhecer: insegurança, ansiedade, medo, vergonha…e muitos outros sentimentos que fazem a gente paralisar.

Você deve ter algumas dessas vozes na sua cabeça, pense comigo… quais delas são as piores, as que mais te atormentam? Se puder, escreva-as em um papel agora.

Para te ajudar a fazer o exercício a seguir vou utilizar meu próprio exemplo. Quando eu estava prestes a abrir minha empresa, muitas dessas vozes passavam pela minha cabeça. As piores eram:

“você é muito nova para abrir seu negócio”
“você é formada em biologia, não entende nada sobre fazer negócios ou dinheiro”
“você quer ser coach??! Que brega! não acredito que você vai acabar dando palestras motivacionais cheias de clichês para as outras pessoas!“

Delícia, né? Você pode imaginar como eu me sentia em relação a mim mesma tendo essas vozes martelando na minha cabeça o tempo todo. Mas e você? Quais são as suas piores frases? Se você quer aproveitar mesmo a leitura desse artigo, escreva aí os pensamentos que mais te perturbam também.

Agora que você pode ler suas frases, minha sugestão é que você tente dar um nome para cada um dos pilotos que estão falando essas frases. Que nomes você daria? Esses serão os nomes dos seus sabotadores daqui em diante e é com eles que você terá que conversar a partir de agora.

No meu exemplo, para cada uma das frases acima eu nomeei os seguintes sabotadores/pilotos: a velhota sabe-tudo, a bióloga tapada e a crítica.

Essas três me encheram a paciência e foram incômodas companheiras por alguns bons meses. Depois de muitas conversas delas com outro piloto muito especial, a velhota sabe-tudo e a bióloga tapada saíram da minha tripulação definitivamente. Já a crítica, que para mim é a mais forte de todas, ainda insiste em aparecer. Eu sinceramente acho que a crítica vai fazer parte da minha tripulação para sempre, a sorte é que esse piloto muito sábio sempre percebe quando ela invade a cabine de controle e chega junto dela para tomar um café e conversar.

Eu já vou falar mais sobre esse sábio piloto em um instante, mas gostaria que você também fizesse esse exercício. Ao lado de cada uma de suas frases escreva o nome dos possíveis pilotos que as dizem.

Seja criativo, dê o nome que quiser para seus sabotadores. Para mim funciona dar nomes com um pequeno toque de ironia, zombar deles me ajuda a entender que eles não são assim tão grandes para mim.

Outros exemplos de nomes de sabotadores são: o procrastinador pentelho, o ferrenho justiceiro, a preguiçosa mala, o medroso bunda mole, o cara sem contatos… e assim por diante.

Segundo passo: como trazer seu eu verdadeiro para conversa
Existe um piloto dentro desse avião que é o cara mais experiente de todos. O avião pode ter que fazer uma aterrissagem de emergência sem o trem de pouso que ele ainda assim vai saber o que fazer. É o cara mais sábio e que está presente em todas as tripulações do mundo, mas que infelizmente, em muitas aeronaves é deixado de lado.

Esse cara é o nosso eu verdadeiro. E é com ele que toda a tripulação desse avião deveria conversar todos os dias.

Quando você estiver passando por uma situação de muito medo e insegurança, eu aconselho chamar o eu verdadeiro para conversa. Ele simplesmente está conectado com uma fonte de informações que nenhum outro piloto consegue se conectar.

Mas a dúvida que paira na cabeça de todo mundo é: como eu sei quando é o eu verdadeiro que está no comando? Essa é a pergunta do milhão.

Alguns pilotos/sabotadores de vez em quando fingem que são seu eu verdadeiro para que eles possam te comandar. Minha crítica é mestre em fazer isso. Ela jura de pé junto que tudo que está me falando é para meu próprio bem, que ela está ali para não me deixar fazer papel de trouxa e que eu deveria escutá-la. Mas hoje eu sei: não é ela que tem as melhores respostas.

A crítica ainda acredita que eu não sou suficiente. Ela acha que eu tenho que fazer x, y, z coisas para merecer ser amada e querida na vida. Ela ainda opera nesse paradigma da escassez e separação que insiste em reinar no mundo.

Então hoje eu sei que ela me traz bons alertas, mas não é necessariamente a quem eu devo escutar.

E há uma forma simples de saber quando meu eu verdadeiro assumiu o comando: ele não me julga, ele tem empatia e curiosidade por todos os outros pilotos que habitam minha aeronave.

Terceiro passo: oi sabotador, quer um chá?
Não pense que esses pilotos todos só aparecem para sabotar nossos planos não! Essas conversas entre minhas dezenas de pilotos e meu eu verdadeiro acontecem nas mais diversas situações da minha vida: quando estou pensando nos meus planos, em momentos com a minha família e amigos, no banho (principalmente), logo antes de dormir, enquanto assisto um filme…

Basta estar minimamente consciente para perceber que algum piloto novo ou antigo assumiu o comando.

E agora que vem a parte mais interessante da história: esses pilotos não são loucos. Eles sempre trazem uma mensagem para gente e a única maneira de apaziguar uma briga entre um qualquer um desses pilotos é trazer o eu verdadeiro para mediar a conversa.

Acredite: todos esses pensamentos têm uma mensagem importante para você. Portanto, não vale a pena tentar ignorar seus pilotos. Enquanto você não demonstrar para eles que entendeu a mensagem que estão querendo te passar eles vão insistir em voltar, e com cada vez mais força.



A melhor coisa a fazer é sacar que eles apareceram e sentar para um chá com eles

Imagine que você tenha que escrever um artigo para o trabalho. Você não tem clareza do que precisa escrever, o prazo de entrega é só amanhã, você dormiu pouco na última noite e está bem sonolento agora de tarde, tem mil janelas abertas no seu navegador…de repente…uma outra cena começa a acontecer dentro da sua aeronave:

…O procrastinador invade sozinho a sala de comando e começa a te dizer algumas coisas:

– (procrastinador) hmmmm, que tal dar uma olhadinha no facebook antes de fazer esse artigo? Olha só que vídeo legal, pode ser uma fonte de inspiração, vamos assistir? Antes de começar é melhor checar se a Fernanda já te respondeu no Whatsapp…

passados alguns minutos (senão horas)… entra o crítico na sala de comando enraivecido e lascando o pé na porta:

– (crítico) “Puta que pariu, não acredito que você já está aí procrastinando de novo!!! Você é mesmo um inútil! Não dá para te deixar sozinho que olha só o que você faz! A gente deveria estar terminando de escrever o artigo nesse horário! Mas não, você não consegue fazer nada com folga, tudo com você é pra ser feito na última hora! Quando você vai começar a fazer as coisas direito?”

O procrastinador se assusta e sai correndo da cabine, nisso entra o “piloto culpado” para assumir a culpa dessa tragédia:

– (culpado) eu sei, eu sou um merda mesmo. Fui eu quem deixei o procrastinador entrar, eu vi que ele estava vindo para cabine sozinho, mas achei que fosse ficar só um pouco. Que droga, não queria que fosse assim….

E o duelo continua. E você acha que todas essas vozes são suas. Você se identifica com elas. Não consegue perceber que são apenas algumas de suas partes que estão em conflito. E o pior, você acha que a voz do crítico é a voz mais sábia de todas porque, afinal, foi ele que colocou ordem na casa. Na base do esporro e de muita humilhação, mas colocou.

E você sai com o rabinho entre as pernas esperando que amanhã seja melhor, e que o procrastinador não invada a sala de comando de novo. Afinal, você precisa terminar de escrever o artigo.

E essa história se repete ao longo da vida e você vira um servente do seu crítico.

Mas viver pode ser mais gostoso. Basta aprender a dar voz ao seu eu verdadeiro também.

Imagine a mesma cena acontecendo, procrastinador invadiu a sala de comando e o crítico deu um belo de um esporro nele. Mas no meio do conflito chega o seu eu verdadeiro para mediar a conversa:

– (eu verdadeiro) crítico, o que está acontecendo aqui?

– (crítico) cara, é esse procrastinador de novo. Com esse cara dentro da aeronave nós nunca vamos chegar em lugar nenhum! Ele só sabe fazer as coisas correndo, quando o prazo já está quase estourado. Não dá! Tá mais que na hora de começar a fazer as coisas direito, com qualidade.

-(eu verdadeiro) entendi, você está preocupado porque gostaria que esse artigo tivesse uma boa qualidade e o tempo que perdemos hoje pode fazer a diferença em relação a isso?

-(crítico) exatamente! não podemos mais perder tanto tempo com bobagens.

Nesse momento o eu verdadeiro acabou de descobrir uma das mensagens mais importantes que o crítico veio trazer. Note que ele não defendeu o que o críticou estava dizendo e muito menos o criticou de volta, ele estava interessado em entender a mensagem por trás daquele desconforto. Ele demonstrou curiosidade e empatia. Quando chegamos a esses pequenos entendimentos sobre a gente a sensação interna é de alívio.

E o eu verdadeiro também está interessado no que o procrastinador tem para dizer:

– (eu verdadeiro) e você procrastinador, porque você apareceu aqui hoje?

– (procrastinador) olha só, na boa, você está cansado para caramba, não tá com cabeça para escrever um artigo agora…e no mais, você nem sabe sobre o que escrever, está tudo muito confuso aí na sua cabeça. Eu apareci para deixar você relaxar um pouco, quem sabe você não conseguia ter mais inspiração? Só estava querendo ajudar!

-(eu verdadeiro) entendi, você acha que eu preciso ter mais clareza do que vou escrever e acha que eu preciso estar com mais energia para conseguir dar conta de escrever tudo…essas são mesmo coisas importantes para mim…obrigada por trazer essas mensagens. Mas então me diz, o que você acha que é uma boa ideia fazer agora?

– (procrastinador) Olha se eu fosse você organizaria o que você precisa escrever em tópicos ou fazer um mindmapping, sei lá. Feche todas as janelas do seu navegador e deixe somente a do Zen Pen aberta. Deixe rolando o CD When in Rome do Penguin Cafe Orchestra. Tire uma power nap de 15 minutos e depois volte para o artigo…

-(eu verdadeiro) ok, isso parece bom! Eu estou no escritório agora e não vou poder mesmo tirar uma power nap, mas posso silenciar por um minuto e fazer o one moment meditation para relaxar e aumentar meu nível de presença, isso funciona para você? Se eu fizer isso você me deixa aqui tranquila?

-(procrastinador) sim, vamos tentar.

-(eu verdadeiro) isso funciona para você crítico?

-(crítico) qualquer coisa funciona desde que você escreva um bom artigo de uma vez por todas! (não adianta o crítico é sempre meio carrancudo)

-(eu verdadeiro) ok, então temos um acordo.

Você percebeu como a conversa tomou um rumo diferente?

Aí você pode dizer: “mas Carol, isso não resolve meu problema, eu posso facilmente voltar a procrastinar depois disso”.

Ok, pode ser mesmo que isso aconteça, mas o que quero sugerir é que tanto o crítico quanto o eu verdadeiro tem as mesmas chances de conseguirem resolver problemas. A chance de você voltar a procrastinar depois de um sermão do crítico é a mesma de você procrastinar depois da conversa empática com o eu verdadeiro. Mas qual das duas foi mais gostosa de ter? Qual conversa aumenta o desconforto e qual conversa alivia? A longo prazo isso faz uma baita diferença.

Nem tudo na vida é sobre como as coisas se resolvem, para mim o mais importante é como eu me sinto enquanto tenho que resolver as coisas. Para mim sucesso é ter paz de espítiro.Tenho certeza que a vida de todo mundo pode ser muito melhor quando o eu verdadeiro aparece mais frequentemente na cabine de comando.

O eu verdadeiro sabe que você não nasceu somente para fazer um monte de coisas e resolver um monte de problemas, ele acha que permanecer inteiro é parte importante do processo, por isso é um dos únicos pilotos que consegue entender o que John Lennon quis dizer com a frase “a vida é o que acontece enquanto você faz outros planos”.
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